quarta-feira, 21 de julho de 2010

Rapadura é doce, mas quebra o queixo!

A morte mexe com qualquer sujeito.
Porque se é sujeito, então está sujeito a morte! 
E todos bem sabem, é uma certeza.
Sempre tive e ainda tenho muitos tipos de medo.
Medos desses que atrasam a vida, que engessam o desenvolvimento, medo da vida. Quer ser rio que vai pro mar, mas tem sempre aquele "mas" no meio!
Curiosamente nunca tive medo da morte, sempre desafiei a morte...
Ainda muito pequena fugia de casa pulando um muro altíssimo, e me lembro como se fosse hoje, o coração batendo forte e a alegria de estar do lado de fora do portão,  a sensação de liberdade com toda aquela rua pra ser explorada,  muito desejada pelo lado de dentro da grade, cerrada por um cadeado gigante!!
Aos 12 pulava de pontes altas, roubava o carro da mãe pra "brincar" de piloto de fórmula 1 com meus amigos da sétima série. Fazia verdadeiras peregrinações de bike em bando. Quando conheci as motos, pirei o cabeção, corria que nem uma loka, e era tão pequena que quando ia fazer uma curva, e reduzia errado, a moto morria e eu não tinha força para vivê-la, aí eu parava alguém na rua e pedia ajuda!!
Perigoso e muito divertido!!!
Muita aventura e adrenalina até que descobri a fragilidade do corpo, num pulo de cabeça mal calculado, quase o perco de vez!!!
Entrei de cabeça numa pedra, que me deixou de herança uns 80 pontos na testa e grandes reflexões sobre a cara da morte!
Uma semana de hospital, e  a descoberta de que se a batida fosse um pouquinho acima, estaria numa cadeira de rodas!!!
Foi nesse ano que fui exilada aqui em curita, porque será?
Ah, não queria ser minha mãe, não mesmo!!
Mas o tempo faz com que esqueçamos que os riscos podem ter consequências graves..
É uma espécie de mal relacionamento com o limite ou mesmo de desconhecimento do real significado dessa palavra!!
Sempre na busca da borda, do precipício..
Não quero a morte, mas o risco!!!
A beira da morte a vida parece mais viva!
Essa vida à beira da borda escorregadia continua, e provavelmente continuará para sempre, em outro ritmo, mas gosto do vento na cara life style!!!
Esses dias, conversando com a Aline num momento rebordoso, ela me disse...
Meu você é uma pessoa que precisa de adrenalina de verdade, vai saltar de pára-quedas....
Isso ainda tá na minha cabeça...
who knows????
Será que sou assim porque nasci assim, ou, isso é um sintoma do tempo em que vivo, que tipo de inadequacão faz uma pessoa viver a revelia da regra, a revelia do cuidado com o corpo que possibilita a vida ?
sintomas de borda
Eros e Tânatos...
Contraditóriamente, falar de morte só me faz pensar na vida, de como se faz dessa vida, plena, feliz.
Acho que felicidade não é um lugar que exista, a felicidade a gente inventa, com aquilo que temos, e para isso, é preciso coragem, é preciso se arriscar, a felicidade não é para os covardes, porque os covardes querem ser adequados a uma felicidade ideal!
A falta existirá sempre....o buraco e o vazio é coisa nossa, coisa humana!
A felicidade é particular...e  pode eventualmente, ser ridícula aos olhos de outros
Enfrentando o sofrimento, vivedo os altos e baixos, com intensidade....
A vida não pode ter tom apastelado, tem que ter contraste máximo, ao menos a minha!
E para viver bem é preciso antes aceitar a morte!!
Engraçado estou a pelo menos um semana pensando este texto, e ontem eu realmente tive um dia de morte, como há tempos não tinha, dia de depressão clássica, a própria morte em vida, a pior delas....
Ontem eu morri!!!!
Ontem sucumbi a própri ibris!!!
Ontem morri, para hoje, viver toda riso!!!
Coisa difiícil esse negócio de viver!!!!

por jackie oO livre oO morta!!!

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