quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pop nóia.

Desculpem o sarcasmo pouco saudável, mas celebridade que se prese tem de morrer no estilo trágico, antes da velhice e se possível de overdose. Artistas que vivem muito, quando morrem não dão muita audiência, rola um dia de noticiário, dois ou três de #twitter e só. Aqueles que desfalecem no auge da fama repercutem mais, têm funerais homéricos, viram capa, são homenageados nos canais de TV, etc. etc.

Tem um picho perto da minha casa escrito “morra jovem seja um difundo atraente”, a lenda do bairro diz que o pichador cumpriu sua crença. Dizem também que o jovem morreu de overdose de cocaína. Acho que ele estava quase na receita certa: juventude, excesso e drogas (não exatamente nessa ordem). Pena que ele não ficou mais famoso que o seu picho, ninguém sabe qual a cara dele – se jovem, nem se bonita - pois nem só de juvenilidade e superdoses são feitos os heróis que morreram de overdose - caso contrário o Brasil teria muito “craqueiro” no hall da fama.

Para sua morte junkie-prematura ser memorável você também precisa ter feito algo de espetacular enquanto vivo. Vejamos alguns casos gravados no inconsciente coletivo da modernidade, em ordem cronológica:
O ícone James Dean marcou o fim de sua juventude transviada quando bateu o seu Porsche contra outro carro, em 1955. A sua over estava na velocidade e na adrenalina. Tinha 24 anos de idade e “apesar da curta carreira, tornou-se símbolo de toda uma geração”.


Marilyn Monroe deitou em sua cama não apenas com algumas gotas de Chanel nº5, mas com um monte de remédios para dormir e, em 4 de agosto de 1962, e não levantou mais. Viveu 36 anos, alguns alegam que a causa principal foi o amor mal resolvido com o o presidente Kennedy.


O grande guitarrista psicodélico Jimi Hendrix teve apenas três anos de carreira e 27 de idade e morreu em setembro de 1970 - exagerou nos barbitúricos e morreu sufocado pelo próprio vômito.

Menos de um mês depois de Hendrix e com a mesma idade dele, a dona da bela voz rouca - Janis Joplin, foi encontrada morta no quarto de um hotel em Los Angeles, vítima de uma superdose de heroína.
 A autópsia do corpo de Jim Morrison nunca foi revelada, mas quem conheceu o estilo de vida do cantor do The Doors, sabe a probabilidade de ele ter seguido a mesma sina dos músicos psicodélicos setentistas. Pamela Courson, a mulher de Jim, o encontrou morto na banheira no dia 3 de julho de 1971.




Elvis Presley tinha compulsão por comida e por remédios para emagrecer e para dormir. Todo o excesso farmacêutico e de olhares sobre o astro, o levou à morrer em sua banheira na cidade de Graceland, em 1977.
O segundo baterista do The Who, Keith Moon, era alcólatra e também tomava remédios para dormir. Em 7 de setembro de 1978, Keith faleceu devido ao excesso de soníferos, com apenas 32 anos de idade.

O baixista do Sex Pistols, Sid Vicious parece que nasceu com seus dias contados - sua mãe era viciada em heroína e comprava drogas para ambos. O que poderia ser visto como um ato materno e compassivo, levou o astro punk à morte em fevereiro de 1979, quatro meses após matar sua namorada também viciada, Nancy Spungen (Sid alegou que não lembrava do ocorrido, mas estava ao lado de Nancy ainda morta).


O ex-vocalista do AC/DC, Bon Scott, deixou os fãs e a vida em 1980, aos 33 anos de idade. Chegado num whisky, morreu dentro de um carro estacionado, vítima da bebida – a bílis subiu pelo seu estômago e bloqueou a sua traquéia.


Na década de 1990, quando a AIDS apareceu, o excesso que pegava era de prazer sexual, e assim fez algumas vítimas famosas. Agenor Miranda de Araujo Neto, o exagerado Cazuza, tentou resistir ao HIV mas faleceu no dia 7 de julho de 1990 aos 32 anos de vida.

Em novembro de 1991 o vocal do Queen, Freddie Mercury morreu com 45 anos de vida e um dia após anunciar que era portador do vírus HIV.


Em 5 de abril de 1994, o grunge Kurt Cobain levou um tiro na cabeça, dizem que ele mesmo puxou o gatilho e, tecnicamente, não seria uma morte por overdose. Mas a morte do cantor valeu investigações que acusaram alguns fatores como a depressão e a paranóia, ou mesmo sua mulher Courtney Love, com quem tinha um relacionamento no estilo Sid e Nancy. Conspirações a parte, o fato é que a autopsia registrou 1.52mg de heroína em cada litro de seu sangue, o que seria fatal com ou sem arma.



Renato Russo, que gostava de meninos e meninas, abusou de sua vontade e foi infectado pelo vírus HIV pelo namorado Robert Scott Hockmon, que morava em San Francisco. Segundo uma amiga do cantor, “Renato tinha certeza que pegou Aids do Scott”. Renato tentou resistir e negar a doença, mas a eternizada voz do Legião Urbana faleceu em 11 de outubro de 1996.


Nossa principal representante da corrente lésbica da MPB, Cassia Eller, dissera em entrevista que havia encontrado Jesus e parado com a cocaína. Mas parece que ela encontrou mesmo é uma purinha e se entregou – diagnóstico: intoxicação exógena, ou seja, overdose.



O corpo do ator australiano Heath Ledger estava ao pé da cama ao lado de remédios para dormir e outros medicamentos. Ledger tinha 28 anos, estava gravando o filme “The Imaginarium of doutor Parnassus” e havia finalizado Batman “The dark night”.



O ultramega extravagante superstar (dilacerado) Michael Jackson também não soube parar sem passar dos limites. No ano passado, um pouco antes de iniciar sua turnê, MJ morreu em sua mansão. O que eu senti, o que você e o que o mundo todo sentiu – se resume ao que esse cara aqui que escreveu: Milhões de fãs em todo o mundo choraram, Bush prestou condolências, as crianças na África pararam de sentir fome por um dia em respeito ao líder do pop, Bono ganhou o recheio banco-preto meio a meio, Obina fez um gol para ele, Mickey dançou aquele passinho ridículo, Bóris Yeltsin não fez nada e a Hebe chorou”.
E então qual será a próxima vítima?


10 comentários:

  1. gosto da maneira que vocês escrevem o BLOG.
    mas as sacadas de gabi são dinâmicas, contundente e com ironia na pitada, seria moderada? gosto disso !!!
    ok, mas o que importa é que as estroGênias, fazem de alguma maneira descobertas de identificação profunda sobre o que leio a cada POST!

    HAHAHA

    lendo, eu parei pra refletir um pouco superficialmente, mas certa de uma coisa de muitas.
    da carreira profissional quero é APRENDER cada vez mais.
    a sorte é que já passei da idade desses ícones e não corro o risco de me destacar tanto, a ponto do GAME OVER já !!! rs

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  2. Hehehe, se a morte for mega trágica quem sabe ainda valha um noticiário!!
    Obrigada pelos comentários !!
    Vida longa aos normais =D
    Bjo
    Gabi

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  3. hahahahaha
    não me canso de rir com esse teu texto Gabi.
    Adoro!!!! kkkkkkkkkkk

    bjo
    anaterra

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  4. Todo POP que se preze tem uma banheira, né? Realmente, além do glamur é ótimo p/ relaxar... parece que eles querem dormir, buscam aquele momento de paz e silêncio; só q aí dá-lhe drugs!
    Tá vendo, tem coisas que nem o dinheiro, fama, sucesso e aquele cartão podem fazer por vc! rs
    Mto BOM Gabis!

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  5. é muito sucesso na carreira!
    huahauauhauuahuauha

    ana

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  6. Boua Ana, algumas carreiras longas demais podem deixar a sua carreira curta..kkk
    E boua Viv Tmb, banheiras são para os mais charmosos defuntos.

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  7. esse povo que gosta muito de brilho!!!
    affffffff

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  8. carreira, morte, overdose, fama, tv, luzes. prefiro brilhar no escuro e viver pra caraio. MAs concordo que o texto da Gabi é phoda. merece uma carreira a parte.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. esse elson durou menos que uma carreira de 5cm, muita pretensão, pouca resistência... incoerente? só se for alguém que não sustenta seus argumentos

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