sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sindrome de Otelo!



Desde que nos re-conhecemos como indivíduos acreditamos ter a consciência do que é real. Mas logo que nascemos, vamos crescendo com a idéia de que existe um “Deus” que é o nosso criador.
Oras, se fomos criados por Deus, então ele é real; mas o que torna essa referência real? Se ninguém pode vê-lo e tocá-lo? Porque algumas pessoas dizem que “sentem” a presença de Deus?  Seria fruto de um delírio coletivo?


Delírio é algo relacionado a uma “falsa crença”, a uma idéia ou ideal pouco usual, inexplicável, sem lógica; mas também está relacionada a uma situação onde a pessoa desenvolve uma espécie de “idéia fixa”, e é aí que aparece o ciúme, podendo tornar-se uma forma patológica de delírio.


Se você parar pra pensar que seu “par” pode se interessar por uma “outra”, tão legal, bonita, divertida, sexy, inteligente, quanto você, provavelmente vai pensar: Peraí, será que “esta aí” pode roubar o “meu par”?
Dizem que isso é o ciúme: o medo de perder. 
Tudo bem, quando gostamos de algo, procuramos preservar; mas quando gostamos de alguém? Tem como “se preservar” de sentir  ciúme?
Geralmente o que acontece é que perdemos nossas energias, e nossa sanidade aos poucos… porque o ciúme é como o leite fervendo… ele começa esquentando pouco a pouco e derrepente ele sobe e transborda, sujando tudo que está a sua volta.
Faço essa comparação, porque o ciúme muitas vezes é criado e provocado, mas em muitas outras, é permitido, em doses homeopáticas, num delirio de que “isso vai passar”, “ que é amor demais”.
Como disse um escritor francês “O ciúme é muito mais amor próprio ferido do que amor verdadeiro”.
Empíricamente falando, o ciúme em excesso é fruto do egoísmo, uma falta de despendimento e confiança em si mesmo; uma pessoa infiel, provavelmente será extremamente ciumenta, porque o medo de “levar o troco” amedronta e apavora.  E é aí que mora o perigo: porque isso pode levar o ciumento aos mais absurdos atos, a partir de seus devaneios, associações e estados de desassossego.
É cientificamente comprovado que todos sentimos ciúme, mesmo não querendo sentir.
Mas é notório perceber, que na maioria das vezes, não é a traição que destrói as relações, mais sim a “falsa crença” de uma traição. Um exemplo disso é caso que Wright (1994) descreveu de uma paciente que chegava a marcar o pênis do marido com caneta para conferir a presença desse sinal no final do dia. Quem se submete a isso, ama?
Voltemos ao início do texto; o que leva uma pessoa a matar “seu amor”, mesmo sem provas?
E acreditar em um “Deus”?
O delírio faz parte da nossa vida.  Acreditar em algo é fruto de uma cultura pré estabelecida e calcada por um pensamento ou idéia forte que permeia a nossa existência.
O difícil mesmo é ter uma certeza, afinal cada um acredita naquilo que quer.
E querer, é poder!

Por viv, mais uma vítima do delirio coletivo. 

3 comentários:

  1. não acho que delírio só englobe ciúmes,delírio está em tudo que que se relacione ao comportamento humano.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Delirium

    abs e sucesso para o blog!

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  2. Depois de uma semana mais que morna, quase fria, elas voltaram metendo bronca. Delirantemente inteligentes. Estrogênias, Cheguei!

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  3. Valeu Cabuquinho, vamos exercitando e excitando as idéias rs
    ;)
    E "Anônimo", eu não disse q engloba só o ciúme e sim que o ciúme, em excesso, pode se tornar um delírio patológico.
    Valeu dae!

    abç :)

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