Juliana estudou muito, estava cansada de ser “mulher moderna”, de todo o jogo que assumir essa postura envolve. Todo conhecimento só aumentava a sensação de solidão e tristeza, principalmente quando via pessoas com menos intelectualidade sorrindo e acordando de bom humor, o vazio que sentia os anos de terapia nunca curavam. Cada vez mais convicta de que mulher inteligente que trabalha muito não vive a experiência de ter uma família, com marido, filhos e almoços de domingo, e, com muita vontade de aumentar os pratos da mesa, abandonou a análise e resolveu fingir que era burra e fútil. Mudou-se de cidade, entrou para uma academia, fez escova progressiva, colocou um silicone e decidiu que não entenderia mais nada. Mudou sua identidade e passou a fazer o papel “menina mimada”, deixou de lado o orgulho e o vocabulário, de dar inveja a qualquer um menos letrado, de Juliana só restou o nome e o passado, arrumou um pretendente.
Eduardo era um médico bonito, careta, inteligente e com grana, atendia a todos os caprichos da nova Juliana sentia sua masculinidade aguçada diante da menina frágil e pouco esperta, um prato perfeito para quem tem apetite variado e não quer que ninguém saiba. Depois de alguns meses de namoro, Eduardo olhou para Juliana e disse:
- Quer casar comigo?
FIM
por anaterra viana,solteira, na TPM, uma pimenta.
"O amor é aquilo que depois do casamento se chama engano."
ResponderExcluirMark Twain
tudo tem um preço né?
ResponderExcluirmelhorou da TPM, Ana? rsrs
ResponderExcluirMarcelo, ela passou... agora começo a ovular, chorar e tudo o mais... :p
ResponderExcluirRomulo prefiro não pagar preço algum para ter uma vida de propaganda de margarina, muita gente não entendeu esse texto, mas ele é exatamente uma crítica ao tipo de "mulher" que a maioria dos homens acham dignas de desposar. rs... prefiro continuar pimenta e solteira, porque sozinha a gente não fica, néw? hahaha
Pimenta e solteira é uma mistura sempre explosiva. Com TPM, então, sai de baixo! Ou fique-se embaixo ;-)
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